Filosofia contemporânea (Karl Jaspers e Eric Weil )

Filosofia da existência, tentativa de responder a pergunta pelo ser e pela realidade como a pergunta humana fundamenta-se, a pergunta que o ser humano faz si memo enquanto "existente". Ser um existente é ser exatamente o contrário de ser objeto: é ser para si e ser capaz de transceder, isto é, ir além de si mesmo e de todos os objetos.

Ir além (transceder). Como uma atitude capaz de dar um fundamento à vida humana [...] porque a filosofia não é saber, ou pelo menos não é saber como o das ciências particulares. Filosofar para Jaspers é uma atitude que não pretende eliminar os objetos nem imaginar a realidade do ser situado, mas pretende tomar os objetos e a situação como marcas no caminho da transcedência.

Caracteristicas da atitude básica no ato do filosfar de Karl Jaspers

1. Admiração Amorosa (Platão/Aristóteles) O amor é um dos móveis fundamentais do Filosfar, busca incessante e nunca definitiva.
2. Dúvidar (René Descartes) Duvidar torna-se a comprovação crítica de todo o conhecimento, sem a dúvida radical não há autentica filosofia, mesmo que essa dúvida seja radical , não levará à destruição do saber e nem à renúncia da verdade.
3. Experiência dos limites Situações que o ser humano não pode modificar e das quais o não pode livra-se (sofrimento, batalha ou abalos existenciais).Levam ao homem a filosofar, a morte seria o limite da experiência. Se por uma lado, é a idéia da morte que faz o existente saltar para fora de si mesma na direção da transcedência.Filosfar dá-nos lucidez total acerca das várias formas de nossa dependência.Mas de maneira tal que, em vez de permanecemos esmagados por nossa impotência, encontramos a partir de nossa independência o meio de recuperação.

Eric Weill

Sua obra constitui um sistema de filosofia do qual um dos eixos é a compreensão do ser humano como um ser ao mesmo tempo violento e razoável, um ser que compreende a realidade , se compreende na exata medida em que age sobre ela e refleti sobre a ação. A lógica da filosfia é uma dualidade irredutível de violência e o discurso . A sua negatividade não só transforma a natureza, mas transforma também a maneira de tranformá-la, por meio do instrumentos especificamente humano dessa atividade negadora e transformadora, é a linguagem, o pensamento e razão.